terça-feira, 6 de março de 2012



Aprenda a ser suave 
Como o vento do amanhecer
Cicia aos ouvidos das arvores.
A musicalidade da sua existência
Passeia pelo bosque 
Como um raio de sol da madrugada
Ser ferir com a sua luz.
Deixe-me repousar momentaneamente
Na corola de uma flor 
Ou na delicada folha
De uma violenta miúda. 


Amigo da vida!
Desfie as expressões da sua realidade,
Como a musica terna do dia
No farfalhar das folhas,
No marulhar das ondas 
Ou no ciciar do vento.




Que o dia lhe seja leve
Como leve lhe seja
A madrugada de todos os dia.


Que nenhum peso arrebente
A ossatura dos seus ombros
Mas, que não haja ombros
Que ponham peso demasiado sobre os seus.
Que no périplo da sua vida
Haja sempre uma claridade,
E na sua noite descubra 
A presença das estrelas.


Companheiro, que a terra
Lhe seja leve sobre o corpo
Quando repousar nela,
E que ela lhe seja macia
Quando sob ela estiver deitado;
Tão macia que possa mover-se
Ao compasso ritmado do seu coração.


Eu desejo
Que a sua noite mais escura
Tenha sempre a presença suave
De uma lua de prata,
E que o seu deserto mais arido
Reverdeça, pelo menos na madrugada,
Ao beijo tranquilo do frio.
Meu irmão,
Eu  lhe quero pedir
Que passe pela Terra 
Como um perfume doce,
E que a solidao quando imensa,
Nao lhe assole os sentimentos,
Sabendo que ao seu  lado
Eu estarei murmurando
Essa velha canção
Que diz suavemente e muito baixinho:
Vive, ame e seja tão feliz
Que  ao morrer a Terra 
Lhe será leve e agradável,
Para todo o sempre.


(Paz Intima- Divaldo P. Franco)

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